Bancada do NOVO é contra PLOA 2021 por projeto não condizer com a situação de crise do Brasil

26 de março de 2021

Bancada do NOVO na Câmara votou contra o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2021, hoje, 25, por entender que a proposição não prioriza o combate à pandemia do coronavírus e beneficia medidas eleitoreiras. No relatório apresentado, a proposta concentra R$ 30 bilhões nas mãos do Congresso, deixando o poder de decisão nas mãos do relator da matéria.

Para chegar a esse valor, foram cortadas despesas obrigatórias fundamentais neste momento de pandemia, como o seguro desemprego, essencial para os milhões de brasileiros que perderam o emprego no último ano com a crise. Para o líder do NOVO na Câmara, deputado Vinicius Poit (SP), no momento em que o País vive sua maior crise econômica e sanitária, o Congresso quer enviar recursos para áreas não prioritárias. “O Ministério do Desenvolvimento Regional vai fazer calçamento em rua, enquanto a saúde está precisando de recurso, enquanto é preciso dinheiro para comprar vacina e kits de intubação”, afirmou.

Além disso, a Bancada do NOVO avaliou que dar esse poder ao Congresso prejudica a gestão técnica dos recursos. Em vez da destinação contar com uma avaliação de especialistas qualificados, será feita de forma política, para agradar as bases eleitorais. Isso limita a capacidade de gestão do governo.

O deputado Paulo Ganime disse, durante a sessão, que o projeto de orçamento não atende aos anseios da população em relação aos trabalhos no Congresso Nacional. “Esse relatório não dá a adequada atenção à saúde pública, ao auxílio emergencial e a nenhuma outra medida de combate a pandemia. Além disso, engessa a atividade do governo e retira recursos de áreas importantes”, disse. “Da forma como está, só interessa à classe política, que vai ter recursos para colocar em obras de seu interesse”, completou. 

O substitutivo aprovado na Comissão Mista de Orçamento estabelece que o Poder Executivo precisará de uma autorização do relator do orçamento para promover alterações nas emendas contempladas nesses R$ 30 bilhões. A bancada do NOVO avalia que, ao engessar a adaptação do orçamento para as necessárias mudanças na programação orçamentária, o projeto promove uma concentração de poder nociva.

“Não concordamos com esse projeto de lei orçamentária cujo relatório foi apresentado hoje de manhã, ampliando as emendas de relator para R$ 30 bilhões para obras de desenvolvimento urbano”, destacou o deputado Marcel van Hattem (NOVO/RS). “Em plena pandemia, corta do trabalhador, dos benefícios previdenciários urbanos e rurais. Este orçamento é uma peça de ficção, ele não vai se realizar”, frisou. 

A Bancada do NOVO destacou esse dispositivo. A proposta mantém a redação do art. 4º do PLOA 2021, que concede autorização ao Poder Executivo remanejar despesas dentro de certos limites, com o objetivo de flexibilizar o cancelamento das emendas de relator e de comissão para que o Executivo possa remanejar esses recursos da mesma forma que as demais despesas do orçamento. Permanece a restrição para emendas impositivas individuais e de bancada. “O objetivo da bancada do NOVO é devolver flexibilidade ao governo e impedir que o Congresso fique na mão de um grupo político, do relator, que teve seu poder aumentado significativamente com este relatório”, destacou Ganime. Contudo, o destaque foi rejeitado pelo Plenário.

Saúde prejudicada

O Ministério de Desenvolvimento Regional receberá o maior aporte de recursos, R$ 11,5 bi.  A pasta é tradicionalmente utilizada para atender a interesses políticos. São recursos que devem ser utilizados em ações como pintura de meio fio e revitalização de vias. Para a bancada do NOVO, a prioridade é a Saúde. A maior parte desse valor deveria ser destinado para compra de vacinas, de insumos, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e contratação de médicos. A prioridade de despesas é o combate à pandemia e não o benefício de pautas eleitoreiras para agradar as bases.

Os recursos poderiam ter sido melhor empregados, caso tivesse sido direcionado para o Ministério da Saúde e para o pagamento do auxílio emergencial.

Corte no Censo afeta políticas públicas

A redução de R$ 2 bi para R$ 80 milhões do valor destinado ao Censo inviabiliza a realização do levantamento de informações sobre a população do País.  O NOVO avalia que o Censo é fundamental no desenho e na avaliação das políticas públicas. A falta das informações coletadas pelo estudo causa prejuízos como pagamento indevido de R$ 54 bilhões do auxílio emergencial, enquanto outras pessoas carentes ficaram sem o benefício.

Além disso, faltou critério na distribuição das emendas de bancada não impositivas no PLOA 2021. Estados como Amazonas e Piauí, que concentram 3,5% da população brasileira, ficarão com ¼ desses recursos.  Estados populosos como o Rio Grande do Sul, que está passando pelo pior momento da crise sanitária, ficaram com apenas 0,6% das emendas de bancada não impositivas.

A bancada do NOVO entende que é preciso mais responsabilidade com o orçamento, especialmente na atual crise que o Brasil vive.

Informações: novonacamara.com.br

Imagem: divulgação

Receba nossas

novidades por

email!







    Visão geral de privacidade

    Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.