Destaque do NOVO que tornaria auxílio para estados e municípios mais justo e transparente é rejeitado no Senado

6 de maio de 2020

O Plenário da Câmara dos Deputados, aprovou na última terça-feira (5), o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/20), que prestará auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios que tiveram queda de arrecadação e correm risco de colapso da saúde e devido à pandemia.

 

O Projeto já aprovado estabelece uma série de proibições para aumento de despesas pelos estados e municípios, principalmente de gastos com pessoal, para 2020 e 2021. Ele ​limita o auxílio da União a estados e municípios a R$ 60 bilhões​, respeitando as condições do governo de arcar com essas despesas.

 

O NOVO fez críticas sobre a forma de distribuição dos recursos. O relatório mencionava cinco critérios adotados na partilha (a arrecadação de ICMS, Fundo de Participação dos Estados, número de infectados pela COVID-19, população e Lei Kandir), mas não detalhava a fórmula de cálculo.

.

“Da forma como foi feita, a distribuição não leva em conta as perdas dos estados. Apresentamos destaque para que essa divisão fosse feita de forma mais justa. Não pode haver privilégios na pandemia”, disse o vice-líder da bancada do NOVO, Marcel van Hattem (RS), referindo-se ao fato de o Amapá receber mais recursos proporcionais que estados com maior arrecadação, maior população e maior dívida, como São Paulo e Rio Grande do Sul.

 

Bancada do NOVO  então apresentou destaque para instituir critérios mais justos de distribuição, suprimindo a expressão “taxa de” do inciso I, §1º, artigo. 5º do PLP 39/2020. Com essa alteração, os 40% dos R$ 7 bilhões previstos para serem rateados entre os estados deixariam de levar em conta a proporção entre o número de casos e a população dos estados para serem distribuídos conforme o número absoluto de casos, que foi aprovado.

 

Essa mudança corrigiria distorções geradas pela proporcionalidade. O Amapá, com cerca de 1.700 casos de coronavírus e 49 mortes, receberia mais recursos proporcionalmente que São Paulo, com mais de 32 mil contaminados e mais de 2.600 mortos pela doença. Estados que estão à beira do colapso, como o Rio de Janeiro, por exemplo, seriam prejudicados.

 

Na quarta, dia 6, a matéria retornou ao Senado para apreciação. O destaque do NOVO que havia sido aprovado na Câmara foi rejeitado pelo Senado.

 

 

Em novo parecer, Davi Alcolumbre restabeleceu na proposta de auxílio a estados e municípios um critério para a distribuição dos R$ 60 bilhões que favorece seu estado, o Amapá. Os senadores recusaram a emenda dos deputados que alteraria um dos critérios de distribuição e o relatório de Alcolumbre foi aprovado por unanimidade.

O PLP 39/2020 segue agora para a sanção da presidência.

 
 

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Receba nossas

novidades por

email!







    Visão geral de privacidade

    Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.