Rússia e Ucrânia: um resumo da história e do conflito

26 de fevereiro de 2022

No dia 23 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin ordenou uma invasão russa à Ucrânia. O conflito está em curso e já custou centenas de vidas. O NOVO preparou um resumo da história dos dois países e dos eventos que desencadearam a tragédia recente.

Vamos do início.

▶️ Rússia de Kiev e Imperial
 
Rússia e Ucrânia compartilham um ancestral cultural comum: a Rússia de Kiev, uma confederação de tribos eslavas da idade média que se estabeleceu no leste europeu. Após subsequente invasão mongol no século 13 e a conquista polonesa-lituana do território da atual Ucrânia, os dois povos passaram séculos separados até serem unificados pelo Império Russo entre os séculos 16 e 18.
 
▶️ União Soviética
 
Com o colapso do Império Russo na revolução de 1917 e a ascensão da União Soviética em 1922, foram criadas uma série de repúblicas para subdividir o país; entre elas, a da Ucrânia. Na ditadura stalinista, os ucranianos vivenciaram o Holomodor, a grande fome dos anos de 1930, que dizimou mais de 20% de sua população. Em 1954, Nikita Khrushchov, líder da URSS, transferiu o controle da península da Crimeia da Rússia para a Ucrânia.
 
▶️ Independência em 1991
 
Em 1991, com o fim da União Soviética, cada ex-república se tornou um estado independente. Pela primeira vez desde a idade média, os ucranianos puderam constituir seu próprio estado soberano a partir de um referendo, com 90% dos ucranianos votando pela independência. Em 1994, a Ucrânia entregou as antigas ogivas nucleares soviéticas em seu solo à Rússia, com a garantia de que suas fronteiras seriam respeitadas, constituindo o Memorando de Budapeste.
 
▶️ Aproximação com o Ocidente
 
Nos anos posteriores, a Ucrânia iniciou um movimento de aproximação com o ocidente. O sucesso de países vizinhos que ingressaram para a União Europeia despertou em boa parte da população o desejo de seguir o mesmo caminho. Em 2013, após um recuo nas negociações com o bloco europeu, ocorreram enormes protestos que levaram à deposição de Víktor Yanukóvytch no ano seguinte e à ascensão de um governo pró-ocidente.

▶️ Crise da Criméia

Ao sul da Ucrânia, entretanto, o cenário era um pouco diferente. A região tem forte presença étnica e linguística russa e também presenciou protestos pró-Rússia. No meio destes distúrbios, grupos separatistas armados, chamados de homens verdes, assumiram o controle da península da Criméia e solicitaram anexação por parte da Rússia. Violando os acordos assinados nos anos 1990, a Rússia enviou tropas para assegurar o controle da região e a anexou.


▶️ Conflitos em Donbass

A região de Donbass, no leste da Ucrânia, também foi palco de conflitos violentos. Desde 2014, grupos separatistas armados e financiados pela Rússia mantêm o controle territorial de partes das repúblicas de Donetsk e Luhansk. Como retaliação à intensificação das negociações entre a Ucrânia e a Otan, Putin reconheceu oficialmente a independência dessas regiões no dia 21 de fevereiro de 2022.

▶️ Invasão Russa


No dia 23 de fevereiro de 2022, o presidente russo iniciou a invasão da Ucrânia sob o pretexto de “desnazificar” e “desmilitarizar” o país. Além disso, afirmou que haverá consequências nunca antes vistas caso haja interferência externa. Sendo a segunda potência militar do mundo contra um país muito menor, a Rússia está massacrando qualquer capacidade defensiva da Ucrânia. Até agora, a comunidade internacional anunciou sanções.

🔸 O NOVO lamenta profundamente a escalada de tensão que culminou na invasão da Ucrânia pelo governo russo, levando terror e medo ao povo de uma democracia livre e independente.

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