Tiago Mitraud vota pela cassação do mandato de Daniel Silveira no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

9 de julho de 2021

Na última terça-feira, 06, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reuniu-se para discutir e votar o parecer do deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) sobre um dos processos contra o deputado Daniel Silveira, o de número 21/21, que teve origem na representação 1/21. Vários parlamentares defenderam a cassação do mandato de Daniel Silveira durante reunião do colegiado.

Daniel Silveira é acusado de quebra de decoro ao ter incitado violência contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e por exaltar em um vídeo o AI-5, instrumento de repressão usado durante a ditadura militar que fechou o Congresso Nacional e cassou mandatos de juízes e congressistas.

O advogado que representou a defesa de Daniel Silveira no Conselho de Ética, Samuel Pinheiro Maciel, pediu que a suspensão do exercício do mandato fosse substituída por aplicação de censura ou advertência. Segundo ele, a pena seria um “punição excessiva” por “um ato que não feriu a credibilidade da Câmara dos Deputados”. 

As declarações de Daniel Silveira no vídeo publicado levaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a determinar a prisão do deputado. Em fevereiro, a Câmara dos Deputados decidiu, por 364 votos a 130, pela manutenção da prisão do congressista. Daniel Silveira foi liberado para a prisão domiciliar, mas mandado de volta à prisão após violar o uso da tornozeleira eletrônica.

Na sessão, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, por 12 votos a 8, o parecer do deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) que recomendou a suspensão, por seis meses, do mandato do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).

Por discordarem da pena atribuída pelo relator, cinco partidos (PSB, PSDB, PT, Psol e NOVO) apresentaram votos em separado, todos recomendando que Silveira fosse punido com a pena máxima: a cassação de mandato. Tiago Mitraud (NOVO-MG) defendeu a liberdade de expressão, mas disse que o que se discute é o decoro parlamentar. Segundo ele, a conduta de Daniel Silveira é um “claro abuso de prerrogativa constitucional” e de quebra de decoro. Com a aprovação do parecer do relator, os votos em separado acabaram prejudicados.

Daniel Silveira responde a nove representações no Conselho de Ética da Câmara, seis delas relacionadas ao vídeo do dia 3 de fevereiro. Em outra representação, foi condenado no começo de junho a dois meses de suspensão. Neste caso, o deputado foi acusado de gravar e divulgar, sem autorização, uma reunião reservada do PSL relacionada à escolha da liderança do partido na Câmara.

O deputado ainda será julgado pelo Conselho de Ética sob a acusação de ter ameaçado manifestantes do movimento “antifascistas” em postagem no Twitter.

Foto: Fabio Barros / Partido Novo

Receba nossas

novidades por

email!







    Visão geral de privacidade

    Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.